A perda de um grande mestre.

                Na tarde desta terça feira (03/04) faleceu Airton Ferreira da Silva, o “Pavilhão”.
                Para muitos, um dos maiores jogadores que já vestiu a camisa do Grêmio. Para outros, o maior zagueiro da história do futebol brasileiro. Ficou famoso por um lance que somente ele era capaz de fazer: levava a bola em direção à linha lateral do campo chegando junto à bandeirinha de escanteio puxando com ele os atacantes. De repente, virava o corpo e, colocando uma perna por trás da outra, de letra, recuava a bola para as mãos do goleiro.

Pavilhão foi  zagueiro, e iniciou sua carreira profissional no Força e Luz em 1949 atuou pelo clube até 1954.

                Ocorrida em 23 de junho, sua transferência para o Grêmio foi no mínimo bem curiosa, Airton foi trocado por um Pavilhão de arquibancadas com o Força e Luz. Foi assim que nasceu o apelido Airton Pavilhão.

                Estreiou pelo Grêmio em 1º de agosto de 1954, num empate em 1 a 1 com o Cruzeiro de Porto Alegre. Defensor de técnica apurada, que jogava com a cabeça erguida e jamais usava o recurso das faltas violentas, certa vez em um confronto do Grêmio contra o Santos no Estádio Olímpico Monumental, entrou para a história do futebol ao aplicar um "chapeu" em Pelé, sendo este o único jogador a realizar tal feito sobre Pelé.

                Foi convocado para a Seleção Brasileira em sete oportunidades. Atuou também pelo Santos (1960). Seu último jogo pelo Grêmio foi em 5 de novembro de 1967, num empate com o Perdigão em 2 a 2 Grêmio, em Videira (SC). Encerrou sua carreira em 1971 atuando pelo Cruz Alta do Rio Grande do Sul.

                Em 2007 foi homenageado pelo Grêmio com a inauguração no CT de Treinamentos do clube do pavilhão "Airton Ferreira da Silva". É conselheiro titular do mandato 2007-2013 do Grêmio.

Airton Pavilhão nos deixa aos seus 78 anos, obrigada por tudo, saudades eternas desde grande Mestre.

@glaucia_reitter

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